Juíza e escritora, Andréa Pachá trabalhou por vinte anos em varas de família. Com base em sua experiência, ela vai falar, quarta-feira, na Casa do Saber O Globo, sobre as novas relações familiares, incluindo aí drásticas mudanças no que diz respeito aos idosos. Andréa conversou com Fernanda Pontes.
Elas se transformaram nos últimos 25 anos, mesmo período em que o envelhecimento aumentou. Avançamos no reconhecimento dos direitos, mas a velhice não é encarada com a naturalidade que merece.
Por que não?
As casas estão menores, as pessoas têm menos tempo para dedicar à família. Fora que o poder aquisitivo das aposentadorias diminuiu. Em muitos casos, o idoso, quando tem dinheiro, se responsabiliza pelo sustento dos netos. Quando não tem, é descartado. Sem falar nos casamentos entre homens mais velhos e mulheres mais jovens, turbinados pelo efeito Viagra. São muitas mudanças.
Quanto mais velho, mais difícil a vida, é isso?
Muitas famílias têm procurado a Justiça para interditar os mais velhos. Às vezes, são brigas horríveis entre irmãos, que iniciam a disputa sucessória com os pais ainda vivos. O desafio tem sido fortalecer a autonomia dos idosos e protegê-los quando estão vulneráveis.
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